O número de roubos e furtos de celulares aumentou 16,6% no país, segundo o anuário de segurança pública. Foram quase 1 milhão de celulares roubados em todo o país em 2022.
Em média menos 2.737 aparelhos foram subtraídos diariamente no Brasil. Entre 2018 e 2022, estes registros totalizaram 4.726.913 casos, com destaque para a redução deste tipo de ocorrência durante 2020 e 2021, os dois anos mais agudos da pandemia de Covid-19.
De forma adicional, parece que duas forças simultâneas estão atuando nesse período e demonstram efeitos também em outros crimes. A primeira é que, como modus operandi, os criminosos fazem uso da violência ou da ameaça à violência como característica majoritária para a subtração desses equipamentos.
Isso porque, entre 2018 e 2021, em média, 56,5% das ocorrências de furtos e roubos de celulares registradas foram classificadas como roubos. Mas, a partir de 2022, a proporção de roubos cai e a de furtos cresce.
Porém, a segunda força que parece atuar nesse tipo de ocorrência é mais recente e está correlacionada aos efeitos ainda não completamente identificados da pandemia de Covid-19.
À semelhança do que ocorreu na economia global, as medidas de isolamento social provocam um desarranjo no mundo do crime, que envolve inclusive a desestabilização de mercados ilegais e cadeias de suprimento de bens e produtos derivados da atividade criminosa.