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Sanitarista: "Toque de restrição" em São Paulo é "eficiente, mas insuficiente"

Sanitarista: "Toque de restrição" em São Paulo é "eficiente, mas insuficiente"

da Redação com BandNews TV

Gonzalo Vecina Neto defende isolamento maior contra covid-19 Fernando Frazão/Agência Brasil
Gonzalo Vecina Neto defende isolamento maior contra covid-19
Fernando Frazão/Agência Brasil

O médico sanitarista Gonzalo Vecina Neto, ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), disse neste sábado (27) à BandNews TV que a restrição de circulação imposta pelo governo de São Paulo na tentativa de frear a disseminação do coronavírus no estado é “eficiente, mas insuficiente”. 

“Com certeza as medidas são eficientes, porém insuficientes. Estamos vivendo um recrudescimento fruto dos desmandos que cometemos no carnaval e do aparecimento das novas cepas. Isso só poderá ser contido com mais isolamento social, apesar do que alguns governantes dizem. Não tenho a menor dúvida de que a economia vai sofrer, mas a consequência serão vidas salvas. Não existe outra alternativa para diminuir o número de casos e mortes", disse. 

Segundo Gonzalo, mais do que a criação de novos leitos de UTI ou a reativação de hospitais de campanha, o mais adequado contra o avanço da covid-19 em cidades próximas do colapso, como a capital paulista, seria a interrupção de atividades não-essenciais por no mínimo 14 dias. 

“Acho muito exagerada essa ideia de criar hospitais de campanha e leitos de UTI em um período de tempo muito curto. A alternativa melhor e mais eficiente é reduzir o número de casos. Como? Isolamento social. Não tem outro jeito. Temos que entender que essa é a realidade que vamos viver até ter a maior parte da população vacinada. Vamos assim até setembro, outubro. Tem que enfiar isso na cabeça."

O médico sanitarista ressaltou, no entanto, que essa interrupção de atividades deve ser feita de acordo com a realidade de cada município. 

“Não temos que tomar medidas fora de contexto. Os estados, de acordo com a media móvel de casos e mortes, produzem seus isolamentos, cidade a cidade. Não há razão para tomar uma medida nacional. Localmente você acompanha e toma providências", concluiu.

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