Com o fim do auxílio emergencial, quem tem o Bolsa Família voltou a receber o valor original do programa, em média de R$ 190. Uma dura realidade para quase 50 milhões de pessoas. As informações são do Jornal da Band.
“Para mim vai ficar difícil, porque eu estava terminando de fazer minha casa. Não sei nem o que eu vou fazer para pagar”, relata a dona de casa Luíza Oliveira.
Ela aproveitou para trocar a madeira por paredes de alvenaria, mas com o fim do auxílio emergencial, corre o risco de faltar até o essencial para o sustento.
A renda dela voltou a ser de apenas R$ 170 do Bolsa Família, contra 1.200 que ela chegou a receber do auxílio emergencial por ser mulher chefe de família.
Em novembro, o Ministro da Economia Paulo Guedes chegou a afirmar que haveria prorrogação do benefício em caso de uma segunda onda da covid-19. Existem no Congresso ao menos 4 projetos que pedem a extensão do auxílio.
“É de se esperar um aumento da pobreza, uma volta não só aos níveis iniciais pré-pandemia, mas uma piora”, explica Marcelo Neri, economista da Fundação Getúlio Vargas, que prevê pior índice histórico de pobreza.
O pagamento do Bolsa família já sem o auxílio emergencial começou nessa segunda-feira (17). Em janeiro, o valor médio do benefício deve ser de aproximadamente R$ 190 por família. Cerca de 14,2 milhões de famílias vão receber o benefício nesse mês.
Já o auxílio emergencial chegou a 68 milhões de pessoas, cerca de um terço dos brasileiros.