Pacheco diz que privatização da Petrobras não está em discussão

Fala de Rodrigo Pacheco vem à tona um dia depois do novo ministro de Minas e Energia declarar a privatização da Petrobras como prioridade

Da redação

Senador Rodrigo Pacheco diz que privatização da Petrobras não está no radar Marcelo Camargo/Agência Brasil
Senador Rodrigo Pacheco diz que privatização da Petrobras não está no radar
Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que a privatização da Petrobras não está no radar neste momento, sem citar o parlamento. Em uma postagem no Twitter, feita no início da tarde desta quinta-feira (12), o senador pontuou a necessidade do “aprofundamento de modelos e análises”.

“Mas não considero que esteja no radar ou na mesa de discussão neste momento a privatização da empresa [Petrobras]”, tuitou Pacheco. “Em relação à privatização da Petrobras, já disse e reitero que acho fundamental que tenhamos um estudo sobre a possibilidade”, considerou.

Ministro defende privatização

Nessa quarta-feira (11), Adolfo Sachsida, novo ministro de Minas e Energia, defendeu a privatização da companhia brasileira de economia mista, cujo governo federal é o maior acionista. Em pronunciamento, o gestor estabeleceu que os estudos de viabilidade serão prioridade nesta gestão.

“Ainda como parte do meu primeiro ato, solicito, também, o início dos estudos tendentes à proposição das alterações legislativas necessárias à desestatização da Petrobras”, disse o ministro.

Contenção do preço dos combustíveis

As discussões sobre a privatização da Petrobras se misturam aos constantes reajustes nos preços dos combustíveis feitos pela empresa. Como a estatal tem capital aberto e integra a política de paridade internacional, os valores reajustados no Brasil seguem as variações do dólar. Ontem, por exemplo, a moeda americana fechou em alta de 0,2%.

Para conter a alta dos preços, o Congresso também se articula. Mais cedo, o presidente do Senado se reuniu com secretários estaduais de Fazenda (Consefaz) para discutir a alíquota única do ICMS sobre os combustíveis.

Em março, uma lei foi aprovada previa unificar o percentual do imposto estadual, o que reduziria o preço dos derivados de petróleo em até R$ 0,3. Na prática, isso ainda não aconteceu, pois os secretários de Fazenda propuseram um valor superior e deixaram os estados livres para ofertarem ou não descontos.

“Nós tínhamos expectativas, no Brasil, de uma contenção do aumento no preço dos combustíveis que não se realizou. Há três componentes que devem ser considerados: a participação da união, os estados e a participação da Petrobras”, lamentou Pacheco, que destacou “momento de frustração” após a aprovação da Lei Complementar 192/22.

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