Sem provas, Bolsonaro acusa TSE de fraudar eleições de 2014

Aécio Neves, que perdeu para Dilma Rousseff na ocasião, diz não acreditar na teoria do presidente

Da redação com BandNews TV

O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar as urnas eletrônicas e dessa vez acusou o TSE de fraudar as eleições de 2014. "A fraude está no TSE, para não ter dúvida. Isso foi feito em 2014", disse ele a apoiadores.

O corregedor-geral do TSE Luiz Felipe Salomão deu 15 dias ao presidente para que apresentasse provas sobre as acusações sobre o sistema eletrônico nas eleições. O prazo venceu na última terça-feira e Bolsonaro não mostrou qualquer evidência.

Na quinta-feira, ele fez uma ameaça e disse que 2022 pode não ter eleições. "Eleições ano que vem serão limpas. Ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não teremos eleições", disse o presidente.  

O senador Aloysio Nunes, que foi vice de Aécio Neves em 2014, rechaçou essa hipótese à Folha de S.Paulo: "A eleição foi limpa, nós perdemos porque faltou voto".

O próprio Aécio, que contestou o resultado em 2014, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que sua ação questionava suposto financiamento de campanha irregular, não falhas nas urnas.  

"Eu não acredito que tenha havido fraudes nas urnas em 2014, tão pouco acredito que nós estejamos fadados a viver eternamente com as urnas eletrônicas de primeira geração", disse Aécio. O deputado tucano defende uma atualização no sistema atual.

Em 2017, após assinar um acordo de delação premiada, o empresário Joesley Batista entregou o áudio de uma suposta conversa com Aécio e o político dava a entender que a ação no TSE era apenas para melindrar os adversários políticos. "Eu entrei no TSE. Era uma coisa que não achei que ia dar em nada. Lembra depois da eleição? Eles sacanearam tanto gente que vamos entrar com um negócio só pra gente encher o saco deles", disse ele na gravação.  

O PSDB fez críticas ao presidente da República em uma postagem do Twitter. "O jogo de Bolsonaro é claro. No risco de perder as próximas eleições, alega fraude - sem evidências, sem apresentar provas. Flerta com um extremo minoritário. O PSDB considera as eleições de 2014 limpas e confia nas urnas eletrônicas. Estará sempre na defesa da democracia", escreveu o partido.

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