O ministro de Portos e Aeroportos Márcio França falou das ações de emergência na região do litoral norte de São Paulo, castigada pelas chuvas que atingiram as cidades durante o Carnaval. Ao lado de Waldez Góes, ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, França citou que o problema de moradias em encostas não é apenas restrito ao litoral norte.
Ele, que fez reuniões em Santos e Guarujá, na região mais ao sul do litoral, disse que há problemas na região. “A situação aqui foi mais grave pelos falecimentos, mas a situação de encosta tem em todo o litoral, então queremos evitar que chegue nesse ponto daqui”, afirmou.
Segundo Waldez Góes, há quatro milhões de pessoas morando em áreas de risco no litoral norte do estado. “O presidente Lula pretende fazer dois milhões de casas, mas nós temos quatro milhões nessas áreas. Quando eu cheguei no ministério, tinha um contrato de R$ 1,6 milhão no PAC encostas e nesse ano só R$ 2,7 milhões", explicou. O ministro afirma que o Programa de Aceleração do Crescimento serve para intervenções em áreas de alto risco, uma vez que não é possível tirar as pessoas de lá.
Sobre as ações de auxílio da Marinha, Márcio França explicou como o atendimento de emergência funcionará. "Esses equipamentos vão ficar aqui e lá em terra. Se houver necessidade eles se deslocam porque há barcos e helicópteros. Caso haja chuva, podemos colocar uma estrutura dessa na praia, em Juquehy, Barra do Sahy”, pontuou.
São 200 leitos, nas oito grandes barracas montadas, estruturadas para o atendimento e podendo se tornar uma semi-UTI. “A Marinha está aqui para seguir o comando da Defesa Civil local", disse França, que elogiou o trabalho dos militares.
“O navio é o maior da Marinha, um navio gigante, conhecido como gigante, é um navio ultraespecializado, de múltiplo uso e adaptado para essa emergência. Tanto as aeronaves quanto maquinários são adaptados para isso. A maioria das pessoas aqui estava de folga, os mil homens foram reunidos para atender a população”, afirmou.