Sob comoção, corpo de petista assassinado por bolsonarista é enterrado no Paraná

Marcelo Aloizio de Arruda foi assassinado em sua festa de aniversário

Da Redação

O corpo do guarda civil e integrante do Partido dos Trabalhadores Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, foi enterrado nesta segunda-feira (11) no Cemitério Municipal Jardim São Paulo, em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. 

Sob aplausos e forte comoção, um cortejo percorreu a cidade a partir do Ginásio Sebastião Flor, onde foi feito o velório. 

Arruda foi morto a tiros no sábado (9) por um policial penal bolsonarista que invadiu a sua festa de aniversário. O assassino é Jorge José da Rocha Guaranho, que foi baleado por Marcelo Arruda em uma tentativa de defesa. Guaranho está internado em estado grave, mas estável. 

Marcelo era tesoureiro do PT, partido ao qual era filiado há mais de dez anos e pelo qual concorreu a vereador e a vice-prefeito pela sigla em eleições municipais recentes.

Entre outros integrantes do partido, a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), compareceu ao velório neste domingo.

De acordo com testemunhas, Guaranho foi de carro até a frente do salão de festas onde acontecia a festa de aniversário de Marcelo, que tinha como tema o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o partido. 

O assassino, segundo relatos, gritava "Aqui é Bolsonaro" e "Lula ladrão", além de xingamentos. Ele saiu após uma rápida discussão e disse que retornaria.

Arruda então foi ao seu carro e pegou uma arma para se defender. Guaranho de fato retornou, invadiu o salão de festas e atirou em Arruda. O petista, já ferido no chão, também baleou o bolsonarista. Uma câmera de segurança registrou o crime.

Segundo amigos e familiares, o guarda municipal Marcelo de Arruda nasceu na favela e começou a trabalhar como engraxate. 

Desde cedo, mesmo sempre ligado a militâncias de esquerda, segundo amigos, Marcelo sempre soube conviver com diferenças e tinha amigos das mais variadas ideologias. 

Na própria festa de aniversário havia amigos eleitores de Bolsonaro, ligados à Segurança Pública, e que participavam da festa com brincadeiras e respeitando divergências. 

Os amigos garantem que o guarda jamais teria iniciado uma briga como fez o bolsonarista que invadiu sua festa e o matou. 

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