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SP seguirá vacinando jovens de 12 a 17 anos apesar de recomendação do Ministério da Saúde

Prefeitura da capital afirmou que segue o PEI e que 85% dos jovens da cidade já tomaram 1ª dose

Lucas Jozino, da Rádio Bandeirantes

Em nota enviada à Rádio Bandeirantes, a prefeitura da capital afirmou que segue o Plano Estadual de Imunização e 85% dos adolescentes que moram na cidade já tomaram a primeira dose. 

O Governo de São Paulo divulgou nota criticando a decisão do Ministério, afirmando que ela “vai na contramão das autoridades sanitárias de outros países” e causa “apreensão em milhares de adolescentes e suas famílias". Disse ainda que as diretrizes do Plano Nacional de Imunização estão “descompassadas com a realidade dos estados”.

“Coibir a vacinação integral dos jovens de 12 a 17 anos é menosprezar o impacto da pandemia na vida deste público. Três a cada dez adolescentes que morreram com COVID-19 não tinham comorbidades em São Paulo. Este grupo responde ainda por 6,5% dos casos e, assim como os adultos, está em fase de retomada do cotidiano, com retorno às aulas e atividades socioculturais”, disse a nota da gestão do governador João Doria.

Entre as justificativas, o Ministério da Saúde aponta que a maioria dos adolescentes sem doença preexistente não sofre de casos graves da doença, que há somente um imunizante avaliado em ensaios clínicos e que os benefícios da vacinação nessas pessoas ainda não estão claramente definidos. A nota técnica foi publicada no sistema do Ministério da Saúde na noite desta última quarta-feira (15).

A decisão ocorre apesar da autorização pela Anvisa do uso da vacina da Pfizer para pessoas desta faixa etária. 

Os estados e municípios têm autonomia para decidir se suspendem ou não a imunização nessa faixa etária.

Campinas

A Secretaria de Saúde de Campinas informou nesta quinta-feira (16) que vai continuar vacinando os adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades contra a covid-19. De acordo com a direção da Pasta, a decisão segue orientação do governo do Estado. 

Vídeo: infectologista Julio Croda, da Fiocruz, vê "decisão precipitada"

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