O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, determina que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), adote as medidas necessárias para a instalação de uma CPI para apurar possíveis omissões do governo federal durante o enfrentamento da Covid-19.
O ministro justificou a decisão por conta do agravamento da pandemia, onde o país bate recordes diários de mortes pela doença.
As informações são de Nathália Pase, da rádio BandNews FM, em Brasília. A decisão ocorre após pedido dos parlamentares Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Jorge Kajuru (Cidadania-GO).
Além disso, Barroso pede que a liminar seja discutida assim que possível pelo plenário do STF.
Pacheco diz que acatará decisão mas diz que “não é o momento”
Pouco após a decisão de Barroso no Supremo, Rodrigo Pacheco disse que acatará o pedido, mas opinou que “não é o momento de uma CPI”.
“Considero que CPI de Pandemia, nesse momento, nessa quadra histórica do Brasil com a gravidade da pandemia, que nos exige união, vai ser um ponto fora da curva. E para além de um ponto fora da curva, pode ser o coroamento do insucesso nacional no combate à pandemia. E obviamente, decisão judicial se cumpre, porque tenho responsabilidade institucional e cívica”, disse na saída do Congresso.
“A CPI poderá ser sim um papel de antecipação política e eleitoral para 2022 de palanque político que, absolutamente, é inapropriado para este momento da nação”, criticou.
De acordo Erick Mota, repórter da BandNews TV em Brasília, Pacheco vai estudar junto a advogados do Senado se cabe ação.