Um estudo preliminar divulgado em julho deste ano pela Universidade Federal de Santa Catarina, em parceria com a Polícia Científica do estado, registrou a presença de octodrina, uma substância similar a anfetamina em cigarros eletrônicos. 

De acordo com informações divulgadas pela UFSC, a octodrina estaria presente em um grupo de dez amostras distintas de três marcas de cigarro eletrônico coletados em Joinville, no norte do estado. Os registros também indicam a presença de substâncias procedentes de glicerina, flavorizantes e nicotina.

Ainda segundo a pesquisa, a octodrina, presente nas amostras preliminares, pode gerar quadros graves de intoxicação, dependência e abstinência, além de efeitos adversos cardiovasculares, sendo similar às propriedades presentes nas anfetaminas, droga sintética que atua no sistema nervoso central. 

No entanto, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina, a presença de octodrina não é sinalizada na embalagem comercializada.  

Outro ponto destacado pelo estudo é que a presença de flavorizantes, que quando expostos a altas temperaturas, podem produzir substâncias lesivas, especialmente quando o uso é crônico. 

Em junho deste ano, o Jornal da Band exibiu uma reportagem em que afirma que o cigarro eletrônico provoca até seis vezes mais intoxicação por nicotina em comparação com o cigarro convencional, de acordo com uma pesquisa realizada pela Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. 

A pesquisa também afirmou que os níveis de nicotina dos usuários estavam de três a seis vezes maiores em relação aos fumantes de “cigarros comuns”.