Foi aberta pelo TCU (Tribunal de Contas da União) um processo para investigar a aquisição de 60 próteses penianas para as Forças Armadas, aprovada pelo Ministério da Defesa. O caso tem a relatoria do ministro Vital do Rêgo.
Com aval do Ministério da Defesa, os produtos foram adquiridos por quase R$ 3,5 milhões, com valores entre R$ 50 mil a R$ 60 mil por item. As informações foram colhidas pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) e pelo senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) no Portal da Transparência e no Painel de Preços do governo federal. Os parlamentares levaram o caso ao TCU.
Em nota emitida no começo da semana, o Exército negou ter comprado 60 próteses no ano passado. Segundo a instituição, apenas três foram adquiridas. Ainda de acordo com a nota, é atribuição do Sistema de Saúde do Exército atender a pacientes do sexo masculino vítimas de diversos tipos de enfermidades. As próteses penianas são utilizadas, principalmente, no tratamento de disfunção erétil.
Viagra
O Ministério da Defesa afirmou que a compra de 35 mil comprimidos de Viagra, comumente utilizado para disfunção erétil, é destinada ao tratamento de Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP) nas Forças Armadas.
Em nota, o ministério afirma que “a aquisição de sildenafila visa o tratamento de pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP)” e que “esse medicamento é recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para o tratamento de HAP”.
O Tribunal de Contas também abriu um processo para apurar a compra de Viagra pelas Forças Armadas. O processo do TCU vai apurar supostos desvios de finalidade na comercialização do produto e um superfaturamento de 143%.