TCU abre investigação sobre dados de compra de vacinas e uso de aviões da FAB

Processos acontecem a pedido do deputado Gustavo Fruet (PDT-PR), que questiona transparência do Ministério da Saúde e da Defesa

Erick Motta, da BandNews TV

O Tribunal de Contas da União abriu um procedimento que pretende investigar a compra de mais de 560 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 anunciadas pelo governo federal em peças publicitárias, além de detalhes sobre quem efetivamente utiliza aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) nas viagens oficiais.

As informações foram reveladas primeiramente pelo site “Congresso em Foco” e confirmadas pelo BandNews TV.

O procedimento atende ao pedido do deputado Gustavo Fruet (PDT-PR), que questiona quantas doses foram compradas de fato. O Ministério da Saúde alegou ao parlamentar que se tratavam 260 milhões de doses – inclusas as 20 milhões da Covaxin, cujo acordo está suspenso por suspeita de irregularidades. 

Por isso, Fruet pede clareza nos dados e quer saber de quem partiu a ordem para a propaganda, que não correspondia à relaidade, e se foi feita intencionalmente para maquiar as ações da pasta, replicada em perfil de Fábio Faria, Ministro das Comunicações, nas redes sociais.

Fruet revelou ao BandNews TV que vai se reunir com membros do tribunal para acelerar os processos. Conforme as investigações evoluírem, os dados podem ser compartilhados com a CPI da Pandemia, que investiga ações e possíveis suspeitas de irregularidades do governo no combate à Covid-19.

O outro procedimento pede que o Ministério da Defesa informe à Câmara detalhadamente dados sobre o uso de aviões da Força Aérea Brasileira por membros do governo federal. Fruet alegou que pediu, por mais de uma vez, ao Ministério da Defesa o acesso da lista de pessoas que utilizou as aeronaves da FAB durante janeiro de 2019 e maio de 2021.

Em resposta, Braga Netto disse não ter a relação de passageiros, mas somente de quem solicitou o voo. O parlamentar do PDT questiona saber quem participou de eventos políticos de Bolsonaro, como empresários e outros apoiadores do governo, e se eles usaram aviões oficiais para seu deslocamento.

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