O ministro Jorge Oliveira, do Tribunal de Contas da União (TCU), pediu vista e suspendeu julgamento sobre a auditoria das urnas eletrônicas que acontecia nesta quarta-feira (11).
Jorge trabalhou por muito tempo com a família Bolsonaro e foi indicado pelo presidente para a Corte, onde assumiu a vaga no fim de dezembro de 2020. Antes, foi ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República por um ano e meio.
Durante a sessão, ele afirmou que não se pode desrespeitar quem pede voto impresso, citando o placar apertado de votação da pauta na Câmara, e pediu para fazer vistas, ou seja, um exame mais aprofundado, para promulgar seu voto no processo.
Por outro lado, o ministro Bruno Dantas, também do TCU, fez hoje uma defesa contundente da democracia, diante dos movimentos de Jair Bolsonaro para desacreditar o sistema eleitoral.
O julgamento no tribunal avalia a confiabilidade do voto eletrônico no país e acontecia justamente um dia depois de a Câmara rejeitar a PEC do voto impresso.
Mesmo com a suspensão do julgamento, o trabalho de auditoria, que mobiliza especialistas em tecnologia e em diversas outras áreas, vai prosseguir examinando aspectos como a transparência do processo.
Relatório do TCU concluiu que urnas eletrônicas são seguras e auditáveis
Um relatório técnico de 70 páginas entregue em 31 de julho pelo Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu que o sistema eletrônico de votação é “confiável, seguro e auditável”.
Os técnicos ainda destacaram que existem mecanismos de verificação e auditoria para qualquer eleitor verificar os votos, como os Boletins de Urna, fixados nos locais de pleito após o fim da votação.
O relatório pautou o voto do ministro Bruno Dantas, vice-presidente do TCU e relator do processo, aberto em maio após ele encomendar à área técnica uma auditoria para avaliar a segurança das urnas eletrônicas.