Testemunha revela que teve partes íntimas tocadas por Daniel Alves, diz jornal

Segundo o 'La Vanguardia', a amiga que acompanhava a vítima teve o corpo apalpado ‘violentamente’ por Daniel Alves; jogador segue preso em Barcelona

Da Redação

Testemunha revela que teve partes íntimas tocadas por Daniel Alves, diz jornal
Testemunha revela que teve partes íntimas tocadas por Daniel Alves, diz jornal
Instagram/Daniel Alves

O jornal espanhol La Vanguardia divulgou nesta terça-feira (24) novas denúncias contra Daniel Alves. Segundo o noticiário, há depoimentos de mulheres que estavam com a vítima, que informou a polícia local que foi agredida sexualmente pelo jogador, e de funcionários da boate. O lateral-direito segue preso. 

Na noite de 30 de dezembro, segundo o jornal, a amiga que acompanhava a vítima teve o corpo apalpado “violentamente e passou a mão em suas partes íntimas até que ela conseguiu se desvencilhar e ir embora”. 

A nova versão do caso coincide com a versão da vítima agredida sexualmente, já que informou às autoridades em depoimento que “foi quando percebi como tocava meus amigos e como era apegado a eles”. 

Segundo o jornal, além da amiga da vítima, o porteiro da boate também foi ouvido pela polícia. Na ocasião, ele teria interpretado a crise de ansiedade da possível vítima como algo que não estava bem e a levou para um escritório. O funcionário da sala privada, que teria insistido para que as mulheres se juntassem à mesa de Daniel Alves. 

A prima da suposta vítima teria ficado na área reservada com Bruno, amigo do jogador que também estava na boate. Os dois teriam trocado mensagens depois pelo Instagram, e ele teria oferecido ajuda. A vítima entregou aos investigadores capturas de tela dessa conversa.

O que se sabe sobre o caso de Dani Alves?

Dani Alves foi denunciado por uma mulher de 23 anos. Ela diz que sofreu uma agressão sexual em uma casa noturna de Barcelona em 30 de dezembro. Ela teria avisado os donos da boate sobre o caso logo depois do ocorrido. Segundo relatos da suposta vítima, o brasileiro teria colocado a mão dentro de sua roupa íntima. A polícia foi chamada, mas, quando chegou ao local, o lateral-direito já havia saído.

Ao programa de TV ‘Y ahora Sonsoles’, da Espanha, o jogador negou as acusações. “Sim, eu estava naquele lugar, com mais gente, curtindo. E quem me conhece sabe que eu amo dançar. Eu estava dançando e curtindo sem invadir o espaço dos outros. Eu não sei quem é essa senhora. Nunca invadi um espaço. Como vou fazer isso com uma mulher ou uma menina? Não, por Deus.”

A denúncia formal na polícia da Espanha foi realizada em 2 de janeiro e acolhida pela Justiça no dia 10 do mesmo mês. Segundo o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha, o caso está em fase de investigação.

Na última sexta (20), o Ministério Público espanhol fez um pedido de prisão preventiva, reforçado pela defesa da vítima e acatado pela juíza que coletou o depoimento do jogador. Ele não tem direito de pagar fiança e responder em liberdade.

Daniel Alves mudou a versão do caso por três vezes, sendo que na primeira – relatada em entrevista a um canal de TV – o jogador negou que conhecesse a vítima. 

Dias depois, ele confirmou que esteve com a jovem, mas negou que tivessem se relacionado sexualmente. Já no depoimento que terminou com a prisão do atleta, na última sexta-feira, Daniel Alves afirmou que houve sexo consensual, alegando que não tinha revelado o fato antes para proteger a mulher.

Além das consequências na Justiça após as acusações, o ex-lateral da Seleção na Copa Está sem clube. O Pumas, do México, anunciou que Daniel Alves não é mais jogador do clube após ter sido decretada a prisão preventiva do brasileiro. 

Lei espanhola sobre “agressão sexual” foi aprovada em 2022

A lei espanhola que enquadrou o jogador Daniel Alves por agressão sexual foi aprovada em 2022. Uma das regras destaca que, caso a vítima esteja passiva, por qualquer motivo, como intimidação ou ingestão de bebida alcoólica, há a consideração de que ela não tinha condição de consentir.

A lei considera que crimes sexuais devem ser tipificados baseados no consentimento da vítima, mas não em outros elementos. Dessa forma, todos os crimes de natureza sexual, com ou sem violência, passaram a ser “agressões sexuais”.

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