
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (9) que irá aumentar a taxa contra produtos importados da China para 125%, com efeito imediato. O aumento na tarifa, que era de 104%, ocorre após retaliação dos chineses, que impuseram tarifa de 84% a produtos norte-americanos. A tarifa global de 10%, na qual o Brasil está inserido, será mantida.
Pela rede social Truth, Trump afirmou que irá impor a taxa com base "na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais". "Em algum momento, esperançosamente em um futuro próximo, a China perceberá que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis", escreveu.
Na mesma publicação, Trump afirma que os Estados Unidos irá negociar com mais de 75 países que convocaram representantes norte-americanos a negociar uma solução das tarifas impostas na semana passada.
"Por minha sugestão, autorizei uma pausa de 90 dias e uma tarifa recíproca reduzida durante o período, de 10%, com efeito imediato", concluiu.
Horas depois, a Embaixada da China fez uma postagem em suas redes sociais nesta quarta-feira (9), onde alerta o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre uma possível nova Grande Depressão, após o norte-americano anunciar 125% de taxas a produtos chineses.
"A Lei de Tarifas Smoot-Hawley de 1930 alimentou a Grande Depressão. Hoje, as Tarifas Recíprocas correm o risco de abrir novamente a Caixa de Pandora” afirmou a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Mao Ning, responsável pela publicação.
O período conhecido como a Grande Depressão se deu em 1929, após crise financeira que quebrou a bolsa do país, sendo considerada a mais grave da história do país, tendo serus reflexos sentidos em mercados de todo o mundo.
Depois, Trump mudou o tom de seu discurso e afirmou que não espera um novo aumento de tarifas sobre a China, sinalizando uma possível trégua na escalada da guerra comercial com Pequim, após impor novas tarifas sobre o país asiático nesta quarta-feira, 9. Segundo ele, "vamos fazer um bom acordo com a China, tenho certeza". Trump também afirmou que "não imaginava que a suspensão das tarifas teria todo esse impacto".
As declarações mais recentes e o recuo no “tarifaço” para boa parte dos países animou os investidores, e várias bolsas pelo mundo voltaram a fechar em alta.