Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, cumpriu a promessa feita e assinou, na noite desta segunda-feira (10), o decreto que aumenta as taxas sobre a importação de aço e alumínio para o País. A tarifa, que era de 10% desde 2018, salta agora para 25%.
Trump havia afirmado que os EUA vão cobrar o mesmo nível de taxas impostas pelos seus parceiros comerciais. Apesar de não citar países nominalmente, a medida deve afetar mercados produtores, como Canadá, México e Brasil, os maiores importadores do produto para as indústrias norte-americanas.
"Hoje estou simplificando nossas tarifas sobre aço e alumínio", disse Trump no Salão Oval ao assinar ordens executivas. "São 25% sem exceções ou isenções", disse.

O total de aço vendido pelo Brasil aos EUA cresceu 74% entre 2022 e 2024 e já ocupa uma fatia de 15% do volume de importações americanas do metal. Em relação ao alumínio, o Brasil é o 14º maior exportador do produto.
Uma das promessas de Trump em sua campanha, a medida visa proteger e priorizar a indústria norte-americana.
O governo brasileiro ainda não se manifestou se vai adotar medidas semelhantes em relação aos Estados Unidos. O Planalto esperava pela oficialização do governo Trump para decidir por possíveis contramedidas.
Após a taxação no primeiro governo .Trump, em 2018, o Brasil fechou um acordo para exportar produtos siderúrgico em “cotas” para os norte-americanos.
A medida volta a acirrar a guerra comercial dos Estados Unidos com alguns de seus principais parceiros comerciais. Após ameaçar o Canadá e o México com tarifas de 25%, Trump concedeu a ambos um adiamento de 30 dias em 3 de fevereiro. Ele também anunciou uma cobrança de 10% a importações chinesas, retaliadas prontamente pelo regime do presidente chinês Xi Jinping.