O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adiou a votação, em Plenário, sobre a retirada da chamada “minuta do golpe” encontrada na casa do ex-ministro Anderson Torres de uma investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O documento apreendido e não assinada apontava o não reconhecimento do resultado das eleições.
O julgamento aconteceria nesta quinta-feira (9) pelos ministros do TSE. Durante a sessão, o ministro Alexandre de Moraes, presidente da Corte, informou sobre o adiamento para a próxima terça-feira (14).
O adiamento foi um pedido da defesa de Bolsonaro, o que foi acatado pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral, o ministro Benedito Gonçalves, quem decidiu impor ao Plenário a votação sobre a manutenção ou não da minuta no processo.
O processo em questão apura declarações de Bolsonaro, sem provas, contra o sistema eleitoral e, sobretudo, à urna eletrônica. No dia 14 de janeiro, o PDT pediu que a minuta fosse acrescentada à ação.
O documento achado na casa de Torres, de forma inconstitucional, determinaria a mudança no resultado das eleições. Uma comissão eleitoral seria criada, composta majoritariamente por militares, para convocar novas eleições, mas sem a tutela do TSE, como tradicionalmente é feito.
Também ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Torres está preso, a pedido de Moraes, por suposta omissão na condução da operação de combate aos ataques criminosos que ocorreram em Brasília no dia 8 de janeiro.