Um em cada 10 residentes em Portugal é imigrante, diz OCDE

Brasileiros são principal grupo entre os residentes de Portugal que nasceram no exterior. País abriga 1,1 milhão de imigrantes.

Por Deutsche Welle

Uma em cada dez pessoas que residiam em Portugal em 2022 nasceu no exterior, afirma o relatório Perspectivas da Migração Internacional (International Migration Outlook 2023), divulgado nesta segunda-feira (23/10) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

As nacionalidades mais representadas são a brasileira, que constituía um quarto do total de cerca de 1,1 milhão de imigrantes no país, e a angolana, que representava uma fatia de 14%.

O número de 2022 representa uma alta na fatia de imigrantes de 24% em relação a 2012, segundo a OCDE. No total, os imigrantes em Portugal constituíam 10,7% de toda a população residente no ano de 2022.

Em 2022, Portugal recebeu quase 121 mil imigrantes, o número mais elevado dos últimos nove anos, segundo o relatório.

Os analistas da OCDE afirmam que, em 2021, Portugal havia recebido 94 mil imigrantes de longa duração ou estada permanente, embora acrescentem que esse número inclui mudanças de estatuto, pelo que abrange algumas das pessoas que já viviam no país.

Entre os que chegaram em 2021, o Brasil foi a nação mais representada, seguido pela Índia e pela Bélgica.

Esses números se referem à migração permanente, ficando de fora situações de acolhimento por razões humanitárias, como a que aconteceu na sequência da guerra na Ucrânia.

O fenômeno é mundial, e a OCDE constata que o número de novos imigrantes de tipo permanente nos países da organização atingiu um máximo histórico de 6,1 milhões em 2022.

Segundo a organização, que inclui 38 países, esse número é cerca de 26% superior ao de 2021 e 14% acima do de 2019. Os quatros principais países de destino (Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e Espanha) registraram grandes aumentos anuais, entre 21% e 35%.

as (Lusa)

Tópicos relacionados

Mais notícias

Carregar mais