A vacina de Oxford/Astrazeneca começará a ser testada em crianças e adolescentes na Inglaterra. É raro que esse público desenvolva sintomas graves da Covid-19, mas saber como a vacina funciona em pessoas com idades entre 6 e 17 anos é muito importante para que menores de idade com sistema imunológico baixo ou doença pré-existente se beneficiem da proteção. As informações são do Jornal da Band.
Além disso, é fundamental saber se o imunizante impede a transmissão. Assim, crianças podem deixar de ser vetores, o que acontece muitas vezes sem saber, já que na maioria dos casos elas são assintomáticas.
É por isso que uma nova fase de pesquisas com a vacina vai envolver crianças e adolescentes. Os estudos contarão com 300 voluntários na Inglaterra e devem começar ainda em fevereiro. A expectativa é que até o fim do ano alguns resultados sejam divulgados.
Ainda não existe uma vacina liberada para uso em crianças. A da Pfizer/Biontech é indicada a partir de 16 anos, mas alguns países, como o Reino Unido, autorizaram só quem tem 18 anos ou mais a fazer parte da campanha de vacinação.
A vacina Oxford/Astrazeneca é a mais barata entre as aprovadas. A farmacêutica, que recebeu muitos investimentos no processo de pesquisas, se comprometeu a não obter lucro até que a pandemia seja controlada. A ideia é que o imunizante seja distribuído em larga escala de maneira igualitária.
A Astrazeneca apresentou uma denúncia à polícia italiana depois que empresas cogitaram vender vacinas no setor privado. A farmacêutica afirma que até agora só tem tratado com setor público e que não há canais paralelos de negociação. “Se alguém oferecer as vacinas de Oxford no setor privado serão contrabandeadas”, afirmou em nota.