Faltando cinco dias para a eleição no congresso, o presidente Jair Bolsonaro intensificou a campanha a favor de seu candidato na Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Mesmo não sendo mais do PSL, ele usa da influência que tem sobre o partido para fazer campanha para o candidato. Deixou isso bem claro na conversa com apoiadores na manhã desta quarta-feira (27), na frente do Palácio do Alvorada. Em conversa com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que vai "influir" na eleição do Congresso, que escolherá os novos presidentes da Câmara e do Senado.
“Viemos fazer uma reunião aí com 30 parlamentares do PSL e vamos, se Deus quiser, participar, influir na presidência da Câmara, com estes parlamentares. De modo que possamos ter um relacionamento pacífico e produtivo para o nosso Brasil”, afirmou.
A oposição se queixa de interferência do Planalto para favorecer Lira.
À tarde, foi a vez do candidato Arthur Lira se reunir com o grupo de deputados do PSL que se rebelaram contra a decisão do presidente da legenda, Luciano Bivar, de apoiar Baleia Rossi.
O atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), lidera uma coalizão junto com partidos de esquerda e de centro-direita que apoia Baleia Rossi (MDB-SP).
O candidato emedebista passou o dia em Brasília em contato com deputados da oposição e garimpando votos no próprio centrão - reduto de Lira - pra tentar levar a disputa a um segundo turno.
Alexandre Frota (PSDB-SP), Luiz Erundina (Psol-SP), Fábio Ramalho (MDB-MG), Capitão Augusto (PL-SP), André Janones (Avante-MG) e Marcel Van Hattem (Novo-RS) também são candidatos à presidência da Câmara, mas não contam com grande apoio dos deputados.
No Senado, Simone Tebet (MDB-MS), Rodrigo Pacheco (Democratas-MG), Jorge Kajuru, (Cidadania-GO) e Major Olímpio, (PSL-SP) disputam o voto dos parlamentares. Pacheco, que tem simpatia de Bolsonaro, é o grande favorito e Simone Tebet corre por fora.