Um grupo de crianças foi às ruas na cidade de Gaza, devastada pela guerra, para protestar contra a grave falta de alimentos e enviar apelo ao mundo por ações imediatas em tempos de fome no enclave palestino.
Do lado de fora de um campo de refugiados, o grupo levantou a voz em meio ao barulho de panelas e potes, segurando cartazes que diziam: "Estamos morrendo de fome. Você nos ouve?" e "Queremos reconstruir nossas escolas, casas e cessar-fogo agora".
Após cinco meses do início do conflito em Gaza, as pessoas na região enfrentam uma catástrofe humanitária. Nesta quarta-feira (13), o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas relatou um número trágico de 27 mortes de crianças em hospitais no norte do território como resultado da falta de alimentos e da desnutrição.
Desde fevereiro, o número de caminhões que transportam ajuda humanitária que entram na região Norte de Gaza tem diminuído gradualmente, devido aos contínuos confrontos entre Israel e o Hamas e às obstruções deliberadas por parte das autoridades israelenses. Como resultado, partes do território já mergulharam em uma fome catastrófica.
Segundo a Organização das Nações Unidas, ao menos 576 mil pessoas - um quarto da população - estão a um passo da fome extrema. E uma a cada seis crianças menores de dois anos sofrem de desnutrição e magreza extrema.
Desde o início do conflito Israel-Hamas em outubro passado, o número de mortos devido aos ataques israelenses em curso em Gaza subiu para mais de 31 mil, segundo o Ministério da Saúde do enclave.
