Um mês após os atos criminosos em Brasília, que culminaram na invasão e depredação do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou um vídeo com imagens da destruição.
“A democracia é o patrimônio mais precioso da população brasileira. E a justiça será firme contra quem tentar tirá-la do povo”, escreveu Lula na descrição do vídeo publicado na manhã desta quarta-feira (8).
O vídeo inicia com a frase “democracia restaurada”. Ao decorrer da gravação, surgem falas do presidente sobre o episódio e momentos em que ele se depara com a destruição no Planalto. Em um dos trechos, ele diz que houve negligência de quem não deveria sê-lo.
Depois de um mês dos crimes, as investigações avançam sobre os executores dos ataques, mentores e financiadores. Centenas de pessoas já foram presas por ordem do Supremo Tribunal Federal e/ou denunciadas pela Procuradoria Geral da República. Autoridades militares da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) e das Forças Armadas também são alvos do inquérito.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também foi incluído nas investigações, a pedido da PGR. Principal opositor do governo Lula, ele teria instigado mais atos e poderia inspirar novos ataques como os que depredaram as sedes dos três poderes em Brasília.
Após decreto de intervenção federal, no mesmo dia dos ataques, o governador Ibaneis Rocha (MDB) foi afastado por 90 dias. O comando do Ministério da Justiça encerrou as atividades no DF no dia 31 de janeiro. O ex-secretário de Segurança Anderson Torres está preso por suposta omissão no combate aos criminosos.
No Exército, Lula demitiu o general Júlio Cesar de Arruda, então comandante da corporação. O general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva assumiu o cargo.