Vieira espera que conversa entre Biden e Netanyahu reduza violência no Oriente Médio

Ataques aéreos de Israel já deslocaram 1,2 milhão de pessoas e mataram 2 mil no Líbano

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Vieira espera que conversa entre Biden e Netanyahu reduza violência no Oriente Médio
Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores
Antônio Cruz/Agência Brasil

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, espera que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, possa contribuir para reduzir a escalada de violência no Líbano. O chanceler brasileiro participou do programa Bom dia, Ministro e falou sobre o conflito no Oriente Médio e na disposição do Brasil por negociar a paz na região.

“Eu espero que a conversa telefônica do presidente Biden com o primeiro-ministro de Israel surta efeitos, da mesma forma que o governo russo possa, em suas interações e conversas com o governo iraniano, conter o ataque ou outro tipo de ação militar. Porque disso ninguém sai ganhando. Só haverá mais mortes e perdas, inclusive, de infraestrutura nos países”, disse o chanceler.

Segundo a agência de notícias Reuters, Biden deve telefonar para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netayahu, nesta quarta-feira (9), para falar sobre os planos de Israel para atacar o Irã. Existe a expectativa de uma retaliação de Israel a um ataque iraniano ocorrido na última semana. Esse ataque, porém, não provocou mortes.

Vieira reforçou a intenção do Brasil de negociar a paz na região. “O número de mortos no conflito na Palestina já passa de 41 mil. No Líbano já há 1,2 milhão de deslocados, há mais de 2 mil mortes. É isso que o Brasil, por sua tradição diplomática, tenta evitar, tenta combater, critica e está sempre pronto a manter uma conversa com qualquer país que queira trabalhar por uma solução pacífica e negociada de todas as diferenças”.

Resgate de brasileiros

O ministro reforçou as estimativas do governo brasileiro em resgatar três mil brasileiros residentes no Líbano. Segundo ele, uma grande parte dos 20 mil brasileiros que vivem no país entraram em contato com a embaixada brasileira. 

“Eu acredito que até a realização dos voos alguns desistam por razões variadas, mas eu me arriscaria a projetar em torno de três mil, que precisarão desse apoio do governo brasileiro, que será dado”, afirmou o chanceler. 

Um terceiro voo da Força Aérea Brasileira já pousou em Beirute, capital libanesa, onde ficará cerca de três horas para o embarque dos brasileiros e voltará em seguida.

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