A cada 30 minutos, uma mulher vítima de violência doméstica busca atendimento na cidade de São Paulo. As informações são do Jornal da Band.
Júlio César de Souza assassinou a namorada no Rio de Janeiro e fugiu para São Paulo. Ele foi preso depois de quase uma semana foragido.
Já o suspeito de mandar um buque de flores com explosivos para a casa de Edileuza Ramalho, em São Paulo, ainda está foragido. Ela havia terminado o namoro recentemente.
Em 2020, 24 mil mulheres buscaram acolhimento nos centros mantidos pela prefeitura de São Paulo. Em média, um atendimento a cada meia hora. Isso levando em conta que no auge da pandemia, a busca por ajuda diminuiu.
“Com o isolamento, as mulheres e meninas se afastam de sua base de sustentação: família, escola, trabalho. São estas bases que dão apoio e que permitem que a mulher saia da violência ou, muitas vezes, noticie a violência”, explica a promotora de Justiça Valéria Scarance, especializada em violência contra mulheres.
Com a flexibilização da quarentena, as mulheres voltaram a conviver com amigos e familiares. E a procura subiu novamente.
Na casa da Mulher Brasileira, em São Paulo, muitas das vítimas recebem abrigo. As mulheres são acolhidas por uma equipe de psicólogas e assistentes sociais e passam por um processo de suporte emocional.
“Caso a violência já tenha acontecido, também é importante que a mulher procure ajuda, ainda que o parceiro esteja na fase de ‘lua de mel’, porque logo após a agressão, eles se arrependem, se tornam carinhosos e param a violência por um tempo”, alerta a promotora.