Acusados pelo incêndio da Boate Kiss vão a júri popular a partir de amanhã (01)

Da Redação

Boate Kiss Agência Brasil
Boate Kiss
Agência Brasil

Quatro acusados pelas mortes de 242 pessoas no incêndio da Boate Kiss, no interior do Rio Grande do Sul, vão a júri popular a partir de amanhã.

A acusação deverá usar a tecnologia para levar os jurados para o interior da casa noturna.

Cada ambiente foi reconstruído de forma virtual, inclusive o palco onde a banda Gurizada Fandagueira se apresentava há quase 9 anos.

A tecnologia 3D usou como base laudos periciais e informações do processo, o que permitirá refazer o caminho das vítimas.

Uma equipe de 6 pessoas trabalhou durante 4 meses para desenvolver a ferramenta, como explica a coordenadora do projeto, Virginia Vecchioli.

A defesa de um dos réus tenta impedir o uso da reprodução 3D no júri.

A ferramenta aponta falhas arquitetônicas, como desníveis do piso, posicionamento de guarda corpos e portas e janelas bloqueadas.

Segundo o arquiteto Lucas Kolton, esses detalhes impediram a saída das pessoas da boate quando o incêndio começou.

Além das mortes, a tragédia da Kiss deixou 636 pessoas feridas - a maioria jovens universitários.

O júri popular do caso deve ser o mais longo julgamento da história do Rio Grande do Sul, podendo durar até 15 dias.

Estão previstos os depoimentos de 20 testemunhas de acusação e defesa e de 14 vítimas que sobreviveram à tragédia em Santa Maria.

No banco dos réus estarão 2 sócios da boate, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, o músico Marcelo de Jesus dos Santos e o produtor Luciano Bonilha.

O uso de um artefato pirotécnico na apresentação da banda Gurizada Fandagueira causou o incêndio.

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