Aécio Neves diz que incorporação do PSDB por outro partido está 'fora de cogitação'

Sigla estuda fusão com outras legendas, mas preservando o nome; deputado federal foi entrevistado pelo Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes

O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou, em entrevista ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, nesta terça-feira (18), que uma incorporação do partido por outra sigla "está fora de cogitação".  

Após quase 40 anos de existência e enfraquecido, o partido estuda meios de ser reinventar no atual cenário político. Aécio diz que uma fusão com outra sigla, preservando o nome do partido, é avaliada pelas lideranças. 

"Não descarto a possibilidade de fusões, incorporação está fora de cogitação porque isso tem como consequência o fim do partido. Por isso, estamos conversando com outros partidos para que seja uma fusão onde o nome do partido possa ser preservador, como uma referência para uma grande parte dos brasileiros que em outras eleições confiou em nós", disse.  

Aécio comenta participação de Raquel Lyra no Canal Livre

Aécio discordou da fala da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), que afirmou que o partido "precisa encontrar seu caminho". Ela também afirmou que há possibilidade de deixar o PSDB.

Ela [Raquel Lyra] diz que  o PSDB tem que buscar seu caminho. Eu digo de forma respeitosa que nós compreendemos que ela busque seu caminho também. Se o caminho dela é a aproximação com o governo Lula, pela logica local que se especula, esse não é o caminho do PSDB nacional

'Cometemos erros e pagamos um preço altíssimo'

Atualmente, é a cláusula de desempenho que afeta a existência do PSDB, que elegeu 13 deputados federais em 2022 e cerca de 270 prefeitos em 2024. Diante disso, há a possibilidade da sigla perder acesso ao fundo partidário e ao tempo de TV e rádio em épocas eleitorais.  

"Cometemos erros e pagamos um preço altíssimo por esses erros. Quando o PSDB, na sua direção em 2022, decide não lançar candidatura a presidência da República para atender uma conveniência de São Paulo, deu no que deu. Minguamos a nossa bancada", disse Aécio à Rádio Bandeirantes.  

O tucano disse ainda que sempre foi crítico ao governo Lula "em sua essência". Ao avaliar o terceiro mandato do presidente Lula, Aécio afirmou que o mandatário não aprendeu com os erros do passado.  

"Infelizmente, o que assistimos no Lula 3 é que pouco aprendeu com os erros do passado. Adjetivaria dizendo que é um governo paquidérmico. Não trabalha por projeto de país e está refém do Congresso Nacional. E isso não começa no governo Lula, governos fracos são dependentes do Congresso", avaliou Aécio. 

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