A Anvisa volta a pedir ao governo federal a adoção de medidas mais rígidas para a entrada de viajantes ao país.
No documento enviado à Casa Civil, a agência reitera a necessidade de impedir temporariamente voos vindos de Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia.
E exigir o certificado da vacinação completa contra a Covid-19 para a entrada de viajantes.
Segundo a Anvisa, o temor é que a falta de uma política de cobrança de certificados faça do Brasil um destino para turistas e viajantes sem imunização.
A justificativa é que a presença desse grupo representa um risco para a população e para o Sistema Único de Saúde.
A agência está acompanhando os testes de eficácia e efetividade das vacinas contra a variante Ômicron.
E já oficiou Pfizer, Butantan, Fiocruz e Janssen a prestar esclarecimentos.
Apesar das poucas informações ainda disponíveis, a nova cepa mostrou ter um alto grau de contágio.
Segundo o pesquisador da Fiocruz Júlio Croda, informações iniciais são positivas, sem óbitos registrados; mas ainda é necessário aguardar um pouco mais.
Três pessoas foram identificadas no país com a cepa; no último caso, o paciente de 29 anos desembarcou no Brasil vindo da Etiópia.
Suspeitos também são investigados no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte.
Nos casos confirmados no Brasil, os pacientes estavam vacinados e apresentaram pouco ou nenhum sintoma.
Os pesquisadores recomendam cautela e manter a vacinação em dia; foi o que fez a enfermeira Patrícia Sampaio.
Em todo o Brasil, prefeituras e estados estão revendo os planos de flexibilização das regras, como a liberação do uso de máscaras em áreas abertas.