Jair Bolsonaro chega ao PL com a promessa de negociar para decidir os palanques estaduais na campanha do ano que vem.
O partido não vai se aliar à esquerda no Nordeste, apesar da pressão dos diretórios regionais.
E deverá desembarcar do apoio aos tucanos em São Paulo. O presidente chegou ontem ao PL, após dois anos sem filiação a nenhuma sigla.
O desafio agora é permanecer no partido, o décimo de Jair Bolsonaro desde 1989.
A chegada do presidente ao PL já garantiu a filiação do filho dele, o senador Flávio Bolsonaro, e do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
Outros integrantes da equipe também prometeram entrar no partido, assim como cerca de 20 deputados e 3 senadores.
A base da campanha é defender as realizações do governo, segundo o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto.
O discurso para acalmar a militância, que critica a filiação do presidente ao partido do antes demonizado "centrão", coube ao filho de Bolsonaro, o senador Flávio.
O parlamentar justificou que ele e o pai entram numa bancada com mais dinheiro do fundo eleitoral, presente em todos os municípios e com mais tempo de propaganda.
O senador também provocou os adversários; os alvos foram o ex-ministro Sergio Moro e o ex-presidente Lula.
Lula respondeu pela assessoria e disse que quem vai derrotar Bolsonaro é o povo brasileiro, que está sofrendo com a inflação, o desemprego e a bagunça do governo.
Procurado, Sergio Moro não quis comentar.
Apesar das novas adesões que ocorrerão, o PL deverá perder ao menos 5 deputados federais e 40 prefeitos disseram que vão deixar o partido com a filiação de Bolsonaro.