O Comitê de Política Monetária do Banco Central decide elevar a taxa básica de juros de 5,25 para 6,25% ao ano, para tentar frear a inflação.
O aumento apenas da Selic, no entanto, é ineficaz para conter o avanço dos preços de bens e serviços, avalia o economista Willian Eid.
A falta de planejamento na crise hídrica e a oscilação no mercado internacional, por exemplo, têm forte impacto na elevação dos preços no mercado interno.
Além disso, segundo Willian Eid, outro motivo do avanço da inflação está a falta de produtos, causada pelo preço do dólar, e o aumento da exportação.
Para o economista, os juros altos só teriam eficácia se a alta dos preços fosse causada por maior demanda, o que não é verdade.
A inflação oficial no País, medida pelo IPCA, acumulou 9,68% nos últimos 12 meses, contados até agosto.
Está muito acima da meta do Banco Central, que é de 3,75%.
Além disso, o Copom sinalizou um novo aumento de 1 ponto porcentual na próxima reunião, daqui a 45 dias, ou seja, a taxa básica de juros deve saltar para 7,25% ao ano.