Os bancos garantem que as vendas parceladas sem juros no cartão de crédito vão continuar.
A reação se deu após comércio e clientes reclamarem da ideia levantada pelo presidente do Banco Central. Para Roberto Campos Neto, desestimular essa modalidade poderia levar a uma redução da inadimplência e, como consequência, dos juros.
Hoje, metade das compras com cartão no país é parcelada sem juros; por isso, muita gente não gostou da possibilidade de mudança. A Abranet, associação que reúne empresas financeiras, diz que a dificuldade de pagamento não aumenta necessariamente junto com o número de parcelas.
De acordo com um estudo da entidade, a taxa de inadimplência gira em torno de 30%. Esse patamar é referente aos que dividem em várias vezes e aos que passam a compra em uma só vez no cartão.
A Febraban afirma que as compras a longo prazo têm uma inadimplência duas vezes maior. Mas a entidade reforça que não há que não há qualquer intenção de acabar com o parcelamento sem juros.