Bispo da Universal deve assumir prefeitura de São Paulo na ausência de Nunes

Filiado ao Republicanos, Atílio, de 72 anos, é o segundo vice-presidente da Câmara Municipal

Da Redação

Bispo Atílio Francisco, vereador de SP pelo Repulicanos
Bispo Atílio Francisco, vereador de SP pelo Repulicanos
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O bispo Atílio Francisco, licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, será provavelmente o prefeito de São Paulo por cinco dias, a partir de segunda-feira da semana que vem. A informação é do jornalista Marco Antônio Sabino, da Rádio Bandeirantes.

Filiado ao Republicanos, Atílio é o segundo vice-presidente da Câmara Municipal. Na semana que vem, Ricardo Nunes estará no Vaticano para a Conferência da Crise do Clima à Resiliência Climática.

Como a cidade não tem vice, cabe ao presidente da Câmara assumir o cargo na ausência do prefeito. No entanto, Milton Leite, do União Brasil, não estaria disposto a ocupar o posto para poder se candidatar nas eleições de outubro. De acordo com as regras eleitorais, qualquer pessoa que ocupar um cargo público há seis meses do pleito se torna inelegível. 

Pelo mesmo motivo, João Jorge, do MDB, primeiro vice-presidente da Câmara, também não pode assumir nesse período. Assim, o cargo de prefeito e também de presidente da Casa devem ficar com o bispo Atílio Francisco, de 72 anos, que é vereador no sexto mandato e não vai concorrer à reeleição. Ele é ex-presidente da Associação Beneficente Cristã e, como vereador, foi criador do Dia da Cultura Evangélica, participou da Comissão do Idoso na Câmara e é vice-presidente da Comissão de Finanças.

Atílio conversou com a Rádio Bandeirantes com exclusividade e contou um pouco dos seus planos para seus dias como prefeito da maior cidade do país. “Seria sancionar algum projeto exatamente dos novos pares para que eles se sintam também politicamente ou ideologicamente atendidos. Mas ainda estou para falar com o prefeito também. Porque a gente vai encontrar com ele antes da viagem para que ele possa me passar também alguma diretriz que ele queira que a gente exerça ao longo da semana. Ele foi vereador comigo por dois mandatos, sei do jeito que ele trabalha, e nada mais justo que ter uma reunião com ele antes para a gente poder ao longo da semana que vem exercer a nossa profissão dando continuidade ao trabalho”.

O futuro prefeito interino de São Paulo, que define sua atuação voltada para o trabalho social, explicou também por que optou por não disputar as próximas eleições após seis mandatos como vereador, mas não deu detalhes de seus novos planos. “Pendurar as chuteiras jamais. Trabalhar hoje não é só para o sustento, para granjear o pão de cada dia. Trabalhar faz parte da dívida. A gente sempre trabalha por objetivo”, disse.

“A gente teve uma conversa com vários líderes nossos e achamos por bem não participarmos dessas eleições como candidato. Foi uma definição conjunta, não foi uma coisa pessoal. É um plano coletivo e a gente vai dar uma oportunidade de uma outra pessoa concorrer no lugar da gente. Eu sempre acreditei que na política sempre tem que ter coisas novas, pessoas novas, pessoas com ideias novas, com pensamentos novos, para poder melhorar cada vez mais as condições que a gente proporciona para a população. Eu acredito que a renovação faz parte da vida e é fundamental para a melhoria de vida das pessoas”, disse Atílio.

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