O terceiro dia do júri sobre a tragédia da boate Kiss prevê quatro novos depoimentos nesta sexta-feira (3). Devem ser ouvidos pela manhã o gerente da loja de fogos de artifício, Daniel da Silva, e um funcionário da empresa de extintores, Gianderson da Silva.
À tarde, está prevista a deposição de Pedro Bortoluzi, juiz aposentado e testemunha de defesa do vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus.
Érico Paulus Garcia, sobrevivente da tragédia, também deve depor nesta sexta-feira.
Na última quinta (2), a espuma que revestia o teto da boate e pegou fogo no incêndio foi o centro das atenções durante o segundo dia do júri.
O engenheiro que fez o projeto acústico da boate Kiss foi chamado como testemunha.
Miguel Ângelo Pedroso diz que foi contra o uso de espuma para abafar o som da casa noturna e que indicou outros materiais.
O advogado de defesa, Jader Marques, afirma que a boate cumpria as determinações necessárias.
A versão da defesa é rebatida pela promotoria, que alega que a espuma foi colocada no local sem o aval das autoridades competentes.
Três sobreviventes também prestaram depoimento nesta quinta-feira.
O último deles foi Lucas Cauduro Peranzoni, que era o DJ da boate no dia da tragédia.
Ele relembrou que uma nuvem de fumaça tomou conta de todo o local rapidamente.
Outro sobrevivente, Emanuel Pastl, falou da dificuldade em sair da boate durante o incêndio.
Quatro pessoas respondem pelas 242 mortes no incêndio da boate Kiss.
São eles Elissandro Spohr e Mauro Hoffman, sócios da casa noturna; Marcelo de Jesus, vocalista da banda Gurizada Fandangueira e o produtor do grupo Luciano Bonilha.