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Bolsonaro defende Milton Ribeiro e diz que ex-ministro foi "preso injustamente"

Da Redação

Para Bolsonaro, a intenção, na verdade, é a de manchar a imagem do governo Reprodução/Flickr/Palácio do Planalto
Para Bolsonaro, a intenção, na verdade, é a de manchar a imagem do governo
Reprodução/Flickr/Palácio do Planalto

Jair Bolsonaro volta a defender Milton Ribeiro e diz que o ex-ministro da Educação foi "preso injustamente".

A declaração do presidente da República ocorreu ontem à noite, durante uma entrevista na internet.  

Para Bolsonaro, a intenção, na verdade, é a de manchar a imagem do governo.

Jair Bolsonaro é suspeito de ter cometido interferência, por meio de informações privilegiadas, nas investigações contra Milton Ribeiro.

O ministro da Justiça, que poderia ter antecipado a operação da Polícia Federal, nega ter tratado sobre o assunto com o presidente da República.

Nas redes sociais, Anderson Torres disse: "Absolutamente, nada disso foi pauta de qualquer conversa nossa".

O suposto diálogo teria acontecido durante viagem do presidente e do ministro à Cúpula das Américas em Los Angeles, nos Estados Unidos, em 9 de junho.

A data é a mesma da ligação interceptada pela Polícia Federal do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro a uma filha.

No telefonema, ele revela que Bolsonaro teria avisado sobre uma possível operação de busca e apreensão que prendeu o ex-chefe do MEC.  

No Planalto, o vazamento de áudios tem sido visto como retaliação de parte da Policia Federal, que estaria insatisfeita com a falta de aumento salarial.

No total, seriam mais de mil e duzentas gravações interceptadas.  

O advogado de Jair Bolsonaro, Frederick Wassef, nega qualquer interferência do presidente na PF.

As investigações da Polícia Federal também indicam uma série de encontros entre um ex-assessor de Milton Ribeiro e o pastor Arilton Moura.  

Os dois teriam se encontrado pelo menos 10 vezes entre 2021 e 2022, num hotel em Brasília.  

A operação "Acesso Pago" investiga a prática de tráfico de influência e corrupção na liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.

O inquérito está nas mãos da ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal.

Já o procurador-geral da República, Augusto Aras, vai decidir se pede abertura de processo contra Bolsonaro, se recomenda arquivamento ou cobra mais investigações.

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