Quase meio bilhão de reais já foram gastos neste ano para manter um privilégio dos juízes: as férias de 60 dias.
Os magistrados tem direito a dois meses de férias e ainda podem vender um terço delas.
Os trabalhadores com carteira assinada têm direito a 30 dias de férias por ano, mas podem vender 10.
Em 2021, já são mais de 450 milhões de reais que saíram dos cofres públicos para `custear o benefício.
Desde 2017, o valor chega a dois bilhões e meio de reais - quatro vezes o que foi cortado do orçamento do Ministério da Ciência e Tecnologia, por exemplo.
A regalia seria também uma forma de os juízes garantirem salário acima do teto do funcionalismo, hoje em quase 40 mil reais.
As férias de 60 dias foram questionadas no Conselho Nacional de Justiça no ano passado.
O presidente do CNJ à época, ministro Dias Toffoli, reconheceu que os magistrados têm direito, assim como outras categorias, como integrantes do Ministério Público.
Além de ter argumentado que o impacto financeiro da medida é mínimo.