Chilenos rejeitam nova Constituição em plebiscito

Cerca de 80% da população do Chile votou pela alteração da Constituição de 1980 mas reprovou proposta para uma nova Constituição

Gleice Prado

Gabriel Boric vota em plebiscito sobre nova Constituição do Chile Divulgação/redes sociais
Gabriel Boric vota em plebiscito sobre nova Constituição do Chile
Divulgação/redes sociais

Por ampla maioria, a população chilena decidiu neste domingo (4) rejeitar a proposta de uma nova Constituição para o país. Com 99,4% das mesas apuradas, a rejeição ao texto foi de cerca de 62% dos votos contra 38% da aprovação.

A mudança constitucional era composta por um texto com 178 páginas, 388 artigos e 54 regulamentos transitórios. A proposta se apresentava como solução para resolver as tensões sociais do país.

Em 2020, cerca de 80% da população do Chile votou pela alteração da Constituição de 1980, feita durante a ditadura militar de Augusto Pinochet (1973-1990).

O presidente chileno Gabriel Boric defendeu a aprovação da nova Constituição e convocou todos os partidos para dar continuidade ao "processo constituinte" a partir desta segunda-feira (5)

Com a reprovação ao texto, a Constituição de 1980 vai permanecer em vigor.

Após a divulgação do resultado, Gabriel Boric fez um pronunciamento à nação:

"O povo chileno não ficou satisfeito com as propostas e decidiu rejeitá-las claramente. Esta decisão exige que as instituições trabalhem com mais empenho e diálogo até chegarem a uma proposta que dê confiança e nos una como país", disse Boric ao Chile.

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