As consequências da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid - que podem envolver Jair Bolsonaro - preocupam o PL, partido do ex-presidente.
Bolsonaro segue se recuperando bem das duas cirurgias que realizou na segunda-feira, num hospital em São Paulo.
Pelas redes sociais, ele divulgou uma foto, o que, para o comando do PL, é um recado ao partido e à militância.
Em entrevista à colunista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo e do Grupo Bandeirantes, Bolsonaro minimizou a delação do então ajudante de ordens.
O ex-presidente afirmou que Mauro Cid abre aspas "é bom caráter. Ele não vai inventar nada, até porque o que ele falar, vai ter que comprovar" fecha aspas.
A preocupação no PL é Cid implicar Bolsonaro diretamente numa tentativa de golpe de Estado e no esquema das joias.
A Polícia Federal afirma que o ex-presidente se beneficiou da venda de presentes de Luxo, o que ele nega.
O acordo de Mauro Cid com a PF é contestado pelo Ministério Público - o ministro da Justiça, Flávio Dino, defende a delação fechada pela corporação:
A data do primeiro depoimento do tenente-coronel Mauro Cid à PF, já como delator, depende dos delegados que vão confrontá-lo.
A Polícia Federal aguarda também o relatório dos peritos que estão analisando o aparelho celular dele.
A expectativa é de que isso aconteça até amanhã.