O desenvolvimento de um novo tratamento contra o alzheimer é animador, mas não pode ser classificado como uma vacina.
A afirmação é do integrante da Academia Brasileira de Neurologia Paulo Bertolucci.
A biofarmacêutica sueca Alzinova deu início aos testes em humanos de uma nova terapia - neste mês, foi recrutado o primeiro paciente na Finlândia.
Especialista em Alzheimer, Paulo Bertolucci explica que o tratamento não previne a doença, mas evita o desenvolvimento - o que já pode ser considerado muito positivo.
A tecnologia em estudo ataca o acúmulo anormal de uma proteína chamada beta amiloide, uma das responsáveis por causar a doença neurodegenerativa.
O alzheimer afeta a memória, o comportamento e outras funções mentais de forma progressiva - a terapia testada na Europa tenta frear essa progressão.
Paulo Bertolucci destaca a importância do diagnóstico precoce da doença.
Hoje, isso é feito com a retirada de um líquido entre as vértebras, com o paciente recebendo uma injeção na coluna.
Segundo o médico, há estudos sobre uma forma de diagóstico mais acessível.
Um estudo divulgado neste ano pela Universidade Federal de Pelotas mostra que 1 milhão de brasileiros sofrem de demência atualmente - a maioria deles têm alzheimer.
De acordo com o levantamento, há 30 anos, eram 500 mil pessoas; daqui a 30 anos, serão 4 milhões.