Diretora do DHPP: "Temos a convicção que Jonathan atirou a garrafa em Gabriela"

Advogado do acusado, no entanto, contestou a versão da Polícia Civil e desqualificou as provas ao afirmar que os vídeos utilizados foram "editados"

Rádio Bandeirantes

O principal suspeito de atirar a garrafa que atingiu e matou a torcedora do Palmeiras, Gabriela Anelli, de 23 anos, deve continuar preso. Segundo o repórter Vitor Lupato, a Polícia Civil de São Paulo vai pedir a conversão da prisão temporária de Jonathan Messias Santos da Silva, preso desde o último dia 25, quando foi detido no Rio de Janeiro, em preventiva.

Segundo a diretora do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Ivalda Aleixo, a polícia já tem provas suficientes para fazer a acusação. 

“Nossa convicção é de que foi ele [Jonathan] que atirou aquela garrafa. Fizemos de todos os ângulos, isolamos, fizemos por exclusão, pois muitas pessoas estavam gritando, falando, jogando copos. Até isolamos o ruído que essa garrafa faz.”

O torcedor do Flamengo será indiciado por homicídio qualificado com dolo eventual, quando se assume o risco de matar. 

O suspeito esteve ontem no Palácio da Polícia, no centro de São Paulo, para ser interrogado e, durante conversa com os advogados, teria dito que é inocente e não atirou garrafa alguma.

O responsável pela defesa de Jonathan, José Vítor Morais, vai tentar desqualificar as imagens usadas pela polícia e argumentar que os vídeos são editados e sem embasamento técnico. 

“Os vídeos foram editados. Então, não sabemos a fonte dos vídeos e nem que momento foi editado e foi comparado. O laudo não tem nenhum apoio técnico.”

A defesa entrou na segunda-feira (7) com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo. O delegado responsável deverá concluir o inquérito nos próximos dias e encaminhar o relatório ao Ministério Público, que terá um prazo de 5 dias para oferecer a denúncia.

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