As primeiras doses para a vacinação de crianças de 5 a 11 anos devem chegar aos estados no próximo dia 14.
Inicialmente, serão 3 milhões e 700 mil doses pediátricas enviadas pelo laboratório americano Pfizer.
Até o fim de março, vão chegar 20 milhões de unidades, número estimado de menores nessa faixa etária no país.
Como serão aplicadas duas doses, serão necessárias mais 20 milhões de vacinas.
Ontem, o Ministério da Saúde confirmou a inclusão das crianças de 5 a 11 anos no Plano Nacional contra a Covid-19.
O anúncio se deu após a consulta pública indicar que a maioria dos quase 100 mil participantes defende a vacinação infantil sem exigência de prescrição médica.
O governo acatou a opinião majoritária, mas recomendou que os pais procurem a orientação prévia de um pediatra antes levar os filhos para receber as doses.
Para a ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações Carla Domingues, o governo continua criando dificuldades para vacinar as crianças.
A vacinação vai ser de forma decrescente por idade; ou seja, começa com crianças de 11 anos até chegar às de cinco, com prioridade para quem tem comorbidades.
O intervalo entre as duas doses será de dois meses.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nega qualquer tipo de atraso na imunização de menores.
O governo de São Paulo pediu à Anvisa a liberação emergencial da CoronaVac para aplicar em crianças de 3 a 11 anos.
João Dória criticou a demora do Ministério da Saúde pra iniciar a vacinação infantil.
E afirmou que o estado vai imunizar todas as crianças em até três semanas, assim que tiver as doses disponíveis.
Os infectologistas recomendam que mesmo as crianças que já contraíram a Covid-19 tomem a vacina.
Enquanto isso, várias cidades no país já estão vacinando com a quarta dose, como Niterói, Nova Iguaçu e Nilópolis, no Rio de Janeiro.
No mês passado, o Ministério da Saúde liberou a dose de reforço para pessoas acima de 18 anos que tenham doenças imunossupressoras.
Na lista, estão, por exemplo, quem está faz quimioterapia ou radioterapia durante tratamento de câncer, transplantados e pacientes em hemodiálise.
Para tomar a quarta vacina, esse grupo precisa respeitar o intervalo de quatro meses da terceira dose.