Economistas questionam medidas do Banco Central para conter a inflação

Chris Panvechi, da redação

Banco Central promoveu dois leilões seguidos de swap cambial tradicional, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro Divulgação
Banco Central promoveu dois leilões seguidos de swap cambial tradicional, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro
Divulgação

Economistas questionam a obsessão do Banco Central com o aumento dos juros como a primeira arma para conter a inflação.

O resultado: o custo do dinheiro cresce enquanto o de vida continua a desafiar os brasileiros.

Não importa a região onde vive, as dificuldades hoje são as mesmas.

A questão é que a inflação atual de mais de 10% não é de demanda, ou seja, os preços não estão crescendo porque as pessoas compram mais.

O Brasil vive um cenário totalmente diferente, reflexo da pandemia, desvalorização do real e alta do petróleo no mundo, além de turbulências na política e na economia.

Ainda assim, o Banco Central continua usando a mesma arma contra a inflação e os juros básicos saltaram de 2% para 7,75% em 1 ano.

Trata-se da terceira taxa mais alta entre as 20 maiores economias do mundo.

Um movimento que não consegue conter a inflação nem o câmbio - o real foi a segunda moeda que mais se desvalorizou no planeta, só atrás da lira turca.

Especialistas concordam que, no médio prazo, a solução passa pelas reformas tributária e administrativa, além da melhoria na infraestrutura no país.

A meta deve ser cortar custos, tornar o serviço público mais eficiente e menos dispendioso, para atrair investidores e gerar empregos.

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