O Brasil ainda chocado com a ação da Polícia Federal na casa e no escritório de 8 empresários esperava que o ministro Alexandre de Moraes apresentasse a justificativa para ter autorizado essa operação. E de fato acaba de ser retirado o sigilo das investigações. Isso no sétimo dia depois da ação policial. Mas o que apareceu não convence.
E a pergunta continua: onde estão as provas? Porque troca de mensagens, apenas opiniões sem ação - ainda que sejam contra a democracia ou mesmo em defesa de golpe, ideia que combatemos e abominamos - não configuram crimes. E estão longe de fundamentar aquela operação policial.
Vão crescendo os sinais de que estamos diante de mais um desatino do nosso Judiciário, como tem acontecido desde a Lava Jato. Sem provas claras e contundentes, Alexandre de Moraes desempenha - neste episódio - mais o papel de mandante - fora da lei e da Constituição - do que de ministro que deveria zelar por essa mesma lei, por essa mesma Constituição.
Pelo respeito que temos à instituição do Supremo Tribunal Federal, queremos acreditar que ainda possam existir evidências convincentes, mas a expectativa se reduz. O tempo passa e a cobrança vai ficando mais intensa. E a indignação também. Ou será que esse material não existe mesmo? E o país vai ter que conviver com um ministro do Supremo que virou, de fato, mandante de ações ilegais? Um ministro justiceiro? Esta é a opinião do Grupo Bandeirantes de Comunicação.
Editorial
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