O primeiro dia do terceiro mandato de Lula (PT) foi marcado pela reavaliação do sigilo de documentos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Durante a campanha eleitoral, o petista prometeu acabar com os documentos secretos. Entre os alvos do sigilo, estão processos sobre rachadinha, o cartão de vacina do ex-presidente, gastos de cartão corporativo e dados sobre o acesso de seus filhos ao Palácio do Planalto. Bolsonaro também determinou sigilo de 100 anos sobre os telegramas do Itamaraty relacionados ao assassinato de Marielle Franco.
Lula determinou que a Controladoria-Geral da União (CGU) deve reavaliar os sigilos em até 30 dias e, em despacho, afirmou que os documentos secretos "desrespeitaram o direito de acesso à informação, banalizaram o sigilo no Brasil e caracterizam claro retrocesso à política de transparência pública até então implementada".
De acordo com Bolsonaro, os sigilos foram implantados para impedir a divulgação indevida de assuntos particulares durante seu mandato.
Com a reavaliação dos sigilos pela CGU, os documentos devem ser analisados constitucionalmente, visto que qualquer ato irregular identificado estará passível de intimação ao ex-presidente.