A queda no preço dos combustíveis nas refinarias começou a valer no fim de semana, mas, para encher o tanque, o consumidor vai pagar mais caro.
A redução do preço médio da gasolina foi de 5,3 % para as distribuidoras.
Só que, na bomba, o que vai acontecer nos próximos dias é um aumento de valores pagos pelos condutores.
O professor de finanças da FGV Pierre Oberson de Souza explica que o movimento ocorre porque a medida veio ao mesmo tempo em que a volta da cobrança integral de impostos federais.
A redução deve deixar o litro da gasolina dez centavos mais barato nas refinarias.
No entanto, a volta da tributação vai encarecer o combustível em 34 centavos.
Portanto, a expectativa é que o combustível fique 24 centavos mais caro para o consumidor final, que sente a diferença no bolso.
Para os analistas, a decisão da Petrobras é mais compensatória por causa da volta dos tributos do que técnica; a estatal fala em manutenção da competitividade.
O professor Pierre Oberson de Souza lembra que o combustível é um componente fundamental para o cálculo da inflação.
O preço cobrado ao consumidor final é afetado também por fatores como a mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda.
Historicamente, os cortes no preço cobrado nas refinarias costumam levar mais tempo para chegar nas bombas do que anúncios de aumentos de preços.