O Ministério da Saúde não pretende usar a Coronavac para imunizar a população contra a covid no ano que vem.
A informação foi passada pela própria pasta à CPI da Pandemia, depois dos questionamentos feitos pelos senadores sobre o calendário de vacinação em 2022.
De acordo com o Ministério da Saúde, 3 fatores levaram a decisão de não assinar um novo acordo de compra com o Instituto Butantan, responsável pelo imunizante.
O primeiro é porque a Coronavac ainda não tem registro definitivo na Anvisa, apenas o de uso emergencial.
O segundo é devido à baixa efetividade da vacina entre os idosos com mais de 80 anos, além de não ser indicada como dose de reforço ou adicional.
O Butantan ainda não se manifestou sobre a decisão do Ministério da Saúde em suspender o uso da Coronavac no ano que vem.
Porém, o Instituto já divulgou uma série de notas em que afirma que a vacina é segura para todos os públicos e é eficiente como dose de reforço.
Ainda sobre a covid no País, o Supremo já formou maioria para dar autonomia a estados e municípios na aplicação de doses em adolescentes sem comorbidades.
A discussão foi levada ao plenário da corte depois que o Ministério da Saúde suspendeu temporariamente a imunização nesse grupo, de 12 a 17 anos.
Agora, segundo o STF, além da autonomia, os governos locais devem seguir as orientações da Anvisa, fabricantes das vacinas e da comunidade científica.
Mesmo com a decisão já da maioria dos ministros, o julgamento sobre o caso deve terminar hoje.