As incertezas causadas pela guerra na Ucrânia levam a um aumento expressivo da volatilidade no preço do petróleo.
Após consecutivas altas, o valor do barril tipo "Brent" fechou ontem em queda de mais de 12%.
Para a ex-presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo, o preço pode subir muito rápido, mas também cair numa velocidade anormal em situações como a atual.
Segundo Clarissa Lins, a questão é saber como repor a oferta de óleo e gás da Rússia; os Estados Unidos, por exemplo, já suspenderam a importação do produto.
Por causa disso, a consultora do setor de combustíveis afirma que é praticamente impossível saber até qual patamar o preço do petróleo pode chegar.
De acordo com Clarissa Lins, uma das principais discussões de especialistas do setor é sobre um possível atraso na transição energética causado pela guerra.
A ex-presidente do IBP destaca, no entanto, que não há motivos para retardar o processo.
Clarissa Lins está em Houston, nos Texas, participando do maior evento sobre energia do mundo.
Os Estados Unidos pedem à indústria que aposte na produção atual de óleo e gás, mas também estimule o investimento em fontes de "descarbonização".
A Europa, por exemplo, já anunciou que vai aderir um plano para acelerar as fontes com menor intensidade de carbono.