
A concessionária do parque Ibirapuera afirma que não vai suspender as taxas de assessorias esportivas após ser notificada pela prefeitura de São Paulo para encerrar a cobrança.
O assunto começou a ser discutido no ano passado, após a Urbia alegar que, por questão contratual, poderia exigir o pagamento dos valores de grupos que praticam esporte regularmente no parque.
A cobrança, que varia de R$ 240 a R$ 1.500, seria aplicada de acordo com a quantidade de alunos de cada assessoria.
Os grupos que usam o espaço reclamam que a concessionária iniciou a cobrança e impôs regras que não foram discutidas anteriormente.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o presidente da Associação dos Treinadores de Corrida de São Paulo, Douglas de Melo, disse que a concessionária estabeleceu cláusulas que os profissionais não concordam.
"O termo de adesão foi criado unilateralmente com cláusulas que não concordamos como, por exemplo, que nós, treinadores, fôssemos responsáveis pelo socorro médico caso algum aluno de assessoria passasse mal no parque", disse.
Os grupos de esporte que usam o Ibirapuera acionaram a prefeitura, que considerou a reclamação justa e notificou a Urbia no começo de fevereiro para que os boletos não fossem mais enviados.
Em nota à Rádio Bandeirantes, a concessionária diz que não comenta as exigências que vêm sendo feitas. Apenas alegou que fez um mapeamento das assessorias esportivas que usam o Parque Ibirapuera e que o tema foi amplamente discutido.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que a prefeitura não é contrária à cobrança, mas que o assunto precisa ser melhor discutido.
"Existe uma contribuição, não é algo que tem uma exploração comercial. A prefeitura vai estar acompanhando", disse Nunes. A secretaria do Verde e Meio Ambiente informou que mantém diálogo com a Urbia. O Ministério Público de São Paulo (MPSP) investiga o caso.