O Corinthians vota nesta segunda-feira (20) o impeachment do presidente Augusto Melo. Mesmo que o resultado seja o afastamento do dirigente, a novela não deve terminar tão cedo. Em entrevista para a Rádio Bandeirantes, o advogado de Augusto, Ricardo Cury, disse que o caso deve parar na Justiça caso o impeachment avance.
A depender do que ocorrer na reunião, do ponto de vista jurídico, novas ações serão judiciais serão propostas
Apesar de Cury ressaltar que qualquer avanço judicial vai depender do que acontecer na votação de impeachment, ele já informou o presidente do Conselho Deliberativo do Timão, Romeu Tuma Júnior, sobre a intenção.
“Na última conversa que fizemos, eu informei, eu disse a ele que na reunião a defesa pretende formular uma série de questões de ordem e ele entendeu. eu falei olha. Eu falei: 'presidente, nessas questões de ordem são fundamentais, mesmo que sejam indeferidas ali na hora, elas devem ser documentadas, eventualmente a defesa entrará em juízo, para questionar a reunião”, afirmou o advogado.
Mello será julgado pela polêmica envolvendo a saída da VaiDeBet e as acusações sobre a intermediação do contrato com o ex-patrocinador máster.
Há também acusações de má gestão financeira e a investigação sobre a agressão contra um torcedor no Mineirão.
A votação seria no dia 12 dezembro, mas foi suspensa depois de uma liminar da Justiça.
Os aliados de Augusto defendem que o processo é ilegal, já que as investigações sobre o escândalo da Vai de Bet ainda estão em andamento, e ainda não apontam Melo como um dos envolvidos.
“Houve violação da ampla defesa, do contraditório, não teve produção de provas, ou seja, o que nós tecnicamente chamamos que não é um devido processo legal. Isso é muito sério, A defesa entende que se isso avançar, pode ser criado um precedente, que será um precedente muito perigoso para História do Corinthians.”, explicou Ricardo Cury.