A alta de 1,9% do PIB no primeiro trimestre é puxada pelo agronegócio, que teve o melhor desempenho em 27 anos.
O crescimento da economia brasileira de janeiro a março ficou acima do previsto pelos economistas, que projetavam um aumento de 1,3%.
Na comparação com os primeiros três meses do ano passado, o PIB cresceu 4%.
O aumento de quase 25% na colheita de soja e de 8% na de milho, principais produtos da agricultura brasileira, empurrou o crescimento das riquezas geradas pelo campo.
É a safra de verão que garante a maior parte da produção de grãos do país.
De janeiro a março, o PIB da agropecuária cresceu quase 22% em comparação com os últimos três meses de 2022 - é o maior avanço desde 1996.
Em comparação com mesmo período do ano passado, a alta foi de quase 19%.
O bom desempenho do campo impacta a economia também nas cidades.
Se a agricultura e a pecuária vão bem, as indústrias e serviços ligados ao agronegócio também melhoram o desempenho.
É o caso das fábricas e revendas de máquinas e implementos agrícolas.
O trabalho no campo também gera empregos em indústrias, como os frigoríficos.
Mais produção representa ainda maior demanda pelo transporte dos produtos, e ampliar a infraestrutura para escoar a safra é um dos desafios do país.
Mas não foi só a agropecuária que puxou o resultado, aponta a colunista de economia da Rádio Bandeirantes, Juliana Rosa.
A alta do PIB movimentou positivamente o mercado financeiro nesta quinta-feira.
A bolsa de valores subiu pouco mais de 2%, fechando acima dos 110 mil pontos.
Já o dólar fechou em queda e voltou a se aproximar dos 5 reais.