
Israel afirmou nesta quinta-feira (16) que o gabinete de segurança do país irá se reunir para aprovar o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, na Palestina. Mas o acordo está em risco de não acontecer.
O governo de Benjamin Netanyahu afirmou que o Hamas pode recuar em uma 'crise de última hora'. Israel acusa o grupo armado de negar partes do acordo em uma tentativa de "extorquir concessões de última hora". Mas não deu mais detalhes.
O gabinete estava pronto para ratificar o acordo na quinta-feira. A sessão começaria às 6h pelo horário de Brasília.
Entenda acordo de cessar-fogo
As negociações para um cessar-fogo e libertação de reféns em Gaza, na Palestina. O conflito teria uma pausa de seis meses e inclui retirada gradual de forças israelenses do local.
O Catar, principal mediador, disse na terça-feira (14) que havia apresentado um esboço da trégua. O Canal 12 de Israel informou que o governo do premiê Benjamin Netanyahu considerou o texto aceitável, e autoridades israelenses aguardavam a resposta do Hamas.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em publicação na Truth Social que um acordo para os reféns no Oriente Médio foi alcançado nesta quarta-feira. "Eles serão libertados em breve. Obrigado!", escreveu o republicano há pouco.
Acordo em três fases
O acordo, segundo pessoas próximas das negociações, possui três fases:
- Primeira fase: liberação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos, além da saída parcial das tropas israelenses da Faixa de Gaza.
- Segunda fase: liberação de reféns militares em troca da soltura de presos palestinos
- Terceira fase: reconstrução da Faixa de Gaza.
Durante esta primeira fase de 42 dias, as forças israelenses se retirariam dos centros populacionais de Gaza, os palestinos seriam autorizados a começar a retornar para suas casas no norte do enclave. Além disso, haveria um aumento na ajuda humanitária, com cerca de 600 caminhões entrando a cada dia no enclave.