O vice-prefeito de São Paulo, Coronel Mello Araújo, afirmou que a prefeitura estuda a retirada dos moradores do Jardim Pantanal, bairro na Zona Leste da capital, que enfrenta, pelo terceiro dia seguido, ruas alagadas devido às fortes chuvas que atingem a região desde o início do fim de semana.
Segundo Mello Araújo, um estudo com investimento previsto em R$ 1 milhão para a região será revisto pela gestão Ricardo Nunes. Ele defendeu que os moradores afetados sejam retirados do bairro.
"No sábado, Ricardo e eu conversamos sobre isso sobrevoando a região. Eu passei a minha opinião de que a melhor solução seria arrumar locais adequados para essas famílias (...) uma boa política pública seria casa para essas pessoas em um local adequado. Muitos no Jardim Pantanal moram de aluguel, um aluguel aqui é em torno de R$ 800", disse Mello Araújo, em entrevista ao Manhã Bandeirantes, da Rádio Bandeirantes.
O bairro, que tem problemas históricos de alagamentos no período de chuvas, fica abaixo do nível rio Tietê, em uma área de várzea e ocupação irregular. Para Mello Araújo, a solução para os moradores do bairro não é de curto prazo, mas reuniões que serão realizadas pela gestão Nunes devem chegar a uma solução.
"Não sei se se investirmos R$ 1 milhão vai resolver o problema. A única coisa que resolveria seria devolver a natureza o que pertence a ela. Não é algo a curto prazo. Teríamos que tirar essas pessoas de lá. É possível fazer algo para atender essa população", disse o vice de Nunes.
Pontos de acolhimento
Segundo Mello Araújo, a prefeitura está mobilizada para receber as pessoas afetadas pelos alagamentos no Jardim Pantanal.
"O prefeito pediu pra gente acolher essas pessoas. Temos seis pontos de acolhimentos onde estão sendo distribuídos alimentos, cesta básica, kit de limpeza, colchão, vacinação para pessoas e pets. É possível passar a noite nesses locais e uma escola estadual esta sendo usada como abrigo", disse.
Cerca de 120 pessoas estão abrigadas na escola estadual, outros afetados conseguiram abrigo com parentes. "É uma triste realidade, mas as pessoas infelizmente se acostumaram com isso. O número não é tão grande perto do tamanho do estrago causado", disse o vice.